Em Santiago, os atuais campeões da América mostraram força. Sem querer saber do histórico de confrontos, da camisa de entortar varal do outro lado, os chilenos foram mais time em campo e venceram por 2 a 0.
Em alguns momentos, a equipe de Dunga até conseguiu anular o rival. Mas em poucos se mostrou um time entrosado, com consciência com a bola nos pés. O time de Jorge Sampaoli o fez. E mereceu vencer por isso. O Brasil soube, pela primeira vez, o que é derrota na estreia.
Primeiro tempo de sonolência e erros
No início do jogo ficou claro que Jorge Sampaoli ia seguir a estratégia da Copa América, com um time que valoriza a posse da bola. A equipe de Dunga demorou um pouco a ficar com a redonda nos pés, apostando inicialmente em lançamentos longos.
Os donos da casa tinha certa liberdade para iniciarem as jogadas, já que os visitantes esperavam mais e não marcavam pressão. Os melhores lances eram chilenas.
Mas o jogo não era dos melhores, com muitos erros. Nenhum dos lados sobressaia. Aos poucos, La Roja foi tendo menos espaços, enquanto o Brasil conseguia ficar mais tempo com a bola nos pés.
O primeiro tempo, sem muita emoção, ficou marcado pelas imprecisões. Um lance traduz bem isso: Luiz Gustavo perdeu a bola no meio e Eduardo Vargas teve chance de ficar com a bola. O atacante tinha um companheiro ao seu lado, na cara do gol, mas o passe foi ruim.
Hulk foi quem mais tentou de um lado. Em uma cobrança de falta e em arremate de fora, o jogador do Zenit levou perigo. Bravo também foi colocado para trabalhar. Do outro, Alexis Sánchez foi o mais perigoso. Aos 42, o atleta do Arsenal acertou a trave.
Segundo tempo mais quente na fria Santiago
Se Sánchez parou no poste no final do primeiro tempo, Maurício Isla acertou a trave logo nos primeiros movimentos do segundo. O jogo ficava mais animado e ganhava velocidade.
Na medida que o Chile se abria mais, o Brasil foi encontrando espaços para os contragolpes. O problema eram as imprecisões nas jogadas. Oscar não jogava bem.
Se tinha uma equipe que merecia o gol, era o da casa. Com as melhores chances, os chilenos finalmente conseguiram chegar ao gol aos 27. Após cobrança de falta de Mati Fernández, Vargas desviou na área e Jefferson aceitou.
Brasil ao ataque, mas Sánchez fecha o caixão
A resposta de Dunga foi colocar Ricardo Oliveira no lugar de Hulk. Quase funcionou logo no primeiro lance. Willian cruzou da direita e o santista apareceu na pequena área, como 9, mas a bola passou.
Dunga ainda tentou colocar Lucas Lima para os dez minutos finais. O time foi ao ataque. Ricardo Oliveira, com pouco tempo em campo, já tinha dado três arremates.
Só que não adiantou. Quem tinha o entrosamento, quem sabia melhor o que fazer com a bola era o Chile. Após linda jogada, Sánchez recebeu na área. Miranda até salvou na primeira, mas, no rebote, Alexis mandou para a rede, decretando a vitória e a festa em Santiago.
2-0 | ||
Eduardo Vargas 72' Alexis Sánchez 90' |