O Atlético de Madrid sofreu com a intensidade do Feyenoord durante os 90 minutos, mas demonstrou mais uma vez a efetividade para vencer no melhor estilo Diego Simeone. De forma direta e objetiva, os colchoneros aproveitaram as poucas idas ao ataque para superar os holandeses e vencer de virada por 3 a 2 no Civitas Metropolitano.
Com a vitória, o Atléti pulou para os quatro pontos e assumiu a liderança do Grupo E da Liga dos Campeões. Do outro lado, o Feyenoord caiu para o segundo lugar, com três.
O Feyenoord ignorou o retrospecto altamente positivo do Atlético de Madrid em casa e tomou a iniciativa cedo na partida. Valorizando a posse de bola e investindo nas ações pelo lado esquerdo com Igor Paixão, o time holandês pressionou até abrir o placar antes dos dez minutos.
Quinten Timber arrancou pelo lado esquerdo, levou para o meio e serviu Ueda. O centroavante japonês chutou na saída de Oblak, mas contou com a sorte após a bola rebater em Miguel Hermoso na defesa do goleiro e parar no fundo da rede,
A vantagem acomodou o Feyenoord, que tentou aumentar o controle da posse de bola sem verticalizar suas ações. Do outro lado, o Atlético reagiu e com sua habitual efetividade precisou de apenas um ataque para converter o empate.
Aos 12, Saul lançou para Samuel Lino, em posição irregular, e Geertruida cortou no meio do carrinho. A bola ficou viva na frente da área e Álvaro Morata apareceu para finalizar com precisão. No lance polêmico, o assistente apontou impedimento, mas o árbitro, após consulta no VAR, mudou a decisão e confirmou o gol.
A partir do empate, os Colchoneros ganharam confiança e ficaram confortáveis para impor seu estilo de jogo. Abrindo mão da posse, o Atléti apostou nos ataques verticais e seguiu levando maior perigo. Aos 20, Molina invadiu a área livre e ajeitou para Morata, mas no meio do caminho Trauner salvou e mandou a bola por cima do travessão.
Para barrar o crescimento dos donos da casa, o Feyenoord diminuiu a velocidade do jogo e segurou a posse de bola sem ceder oportunidades de saídas em velocidade. A estratégia devolveu o controle do duelo aos holandeses e rendeu a vantagem novamente antes do intervalo. Aos 32, David Hancko chegou por trás da marcação e testou forte contra Oblak. O goleiro espalmou no primeiro lance, mas não evitou o gol no rebote: 2 a 1 para o Feyenoord.
No apagar das luzes, o Atlético apresentou outra vez seu veneno e arrancou um empate enquanto parecia estar nas cordas. Após bate-rebate dentro da área, a bola sobrou para Griezmann acertar uma "mini-bicicleta" e anotar um belo gol, deixando tudo igual.
Embalado pelo empate arrancado no fim do primeiro tempo, os Colchoneros voltaram de forma elétrica para os últimos 45 minutos e surpreenderam os visitantes no primeiro lance. Aos dois minutos, Molina cruzou no meio da área e Morata escapou da marcação, desviando com a ponta da chuteira para o fundo do gol.
O jogo eletrizante ganhou novo contexto e sustentou a intensidade. Atrás do placar pela primeira vez na partida, o Feyenoord resgatou o domínio da posse de bola e criou boas chances de marcar. Aos 16, Stengs ficou cara a cara com Oblak e perdeu a disputa com o goleiro. No lance seguinte, Igor Paixão acertou um canhão de fora da área e tirou tinta da trave colchonera.
O roteiro se sustentou durante o restante da partida com intensidade ampliada na reta final. Na base do abafa, o Feyenoord sufocou o Atlético, mas nas poucas chances reais, esbarrou em uma atuação impecável de Oblak, que segurou a vitória dos espanhóis.
3-2 | ||
Mario Hermoso 7' (g.c.) Álvaro Morata 12' 47' Antoine Griezmann 45' | David Hancko 34' |