Vasco tem herói improvável, supera um Botafogo cabisbaixo e deixa o Z4

O time que estava na zona de rebaixamento parecia lutar pelo título. O líder estava cabisbaixo. No clássico quente de São Januário, o Vasco superou o Botafogo, com gol do herói improvável Paulo Henrique, para dormir fora do Z4. 

O Cruz-Maltino igualou os 37 pontos de Cruzeiro e Santos, jogando os mineiros no grupo da degola por ter uma vitória a mais. O Glorioso ainda é líder, mas tem os mesmos 59 pontos do Palmeiras, embora com um jogo a menos, e terá a liderança ameaçada na próxima rodada. 

O líder cabisbaixo 

O Botafogo não entrou em campo da forma alucinada com que começou o duelo contra o Palmeiras, que foi 3 a 0 ao intervalo. Via, por outro lado, o rival aproveitar o apoio da torcida para avançar ao ataque. Sem conseguir, porém, criar chance clara. 

O início da partida foi de alternância de domínio. Quando o Glorioso passou a atacar mais, Victor Sá, aproveitando bela jogada de Danilo Barbosa, acabou avançando com liberdade na área. O ponta buscou arremate, mas Maicon apareceu bem para bloquear. O jogo, então, mudou de lado. Mas só por um tempo. 

O Vasco retomou o controle depois dos 25 minutos, e contou com um golaço para abrir o placar. Na primeira finalização do time no jogo. Paulo Henrique trouxe da direita para o meio e acertou um belo chute de canhota de fora da área, no cantinho. Vantagem vascaína. 

Ver o Botafogo jogar era ver um time de cabeça baixa. Caído pelas pancadas recentes, com um mental desgastado. Sem dar sinais de reação. Pelo menos até ir para o intervalo tentar recuperar a cabeça. 

Paulo Henrique era o exemplo oposto. Tinha mais confiança que nunca, e esquecia suas limitações para se tornar o grande jogador da partida. Paulo Henrique, quase, deu assistência para Pec ampliar a vantagem. O ponta até empurrou para a rede, mas Paulo Henrique estava impedido.

O time de Lúcio Flávio terminou o primeiro tempo amassado. Paulinho, de cabeça, aproveitando cruzamento de Erick Marcus, mandou bola perto da trave de Perri. Ainda bem, para o Glorioso, que o primeiro tempo acabou. 

Vasco compete

Parecia que o Vasco estava jogando uma final de campeonato, enquanto o Botafogo fazia apenas uma partida para cumprir tabela. A quantidade de duelos ganhos do lado vascaíno tinha tudo a ver com a agressividade com que abordava os lances. O Bota seguia mostrando pouco poder de reação. 

Lúcio Flávio mudou o time ainda antes dos 15 minutos. Não apenas peças, mas também o esquema tático, abrindo mão de Bastos, e recuando para o setor Danilo, para colocar o centroavante Diego Costa. 

O time da Estrela Solitária avançou em campo. Mesmo sem jogar bem. Ocupava o campo inimigo com vantagem numérica. Mas sem saber como usá-la. Tecnicamente, tinha uma atuação muito abaixo do que já performou. Tiquinho, em mais uma partida ruim, era um bom retrato do time. Tchê Tchê tentava, mas quase que sozinho. 

O cenário era cada vez mais favorável para o Cruz-Maltino matar o jogo em contra-ataque. Vegetti, o artilheiro, teve grande chance na área, mas isolou. O jogo seguiu em aberto. Até que o apito final decretou: os vascaínos dormem mais leve. Do outro lado, o líder carrega uma geladeira nas costas.