Paris está em festa desde a chegada de Messi, mas não há convite para todos. Com o elenco inchado, 40 jogadores, e a necessidade de arrecadar para cumprir as regras do fair play financeiro, o Paris Saint-Germain se preparara para negociar até dez atletas, entre titulares e reservas.
Antes mesmo de contratar o craque argentino, o PSG já planejava arrecadar 180 milhões de euros em vendas. A movimentação é necessária para o clube atender às exigências da Direction Nationale du Contrôle de Gestion (DNCG), órgão responsável por supervisionar as contas dos clubes de futebol da França.
A folha salarial do clube, que girava antes de Messi no entorno de 260 milhões de euros anuais, chega agora próximo dos 300 milhões de euros. Ou seja, além de arrecadar, os parisienses buscam também enxugar a folha salarial.
A lista de transferíveis do PSG pode ser dividida em dois níveis. No primeiro estão jogadores que, independente das recentes contratações, já estavam na porta de saída: Thilo Kehrer, Abdou Diallo e Rafinha não têm futuro em Paris.
Kehrer, defensor alemão, perdeu espaço ao longo da última temporada e, para piorar, tem agora a concorrência de Sergio Ramos, na zaga, e Hakimi, na lateral direita. O mesmo se passa com Diallo, que ganhou oportunidades no último ano muito pela lesão de Bernat. O brasileiro Rafinha, por fim, nunca se firmou e só foi titular em 18 jogos na temporada passada, sem qualquer destaque.
O "segundo nível" da lista de negociáveis inclui nomes mais robustos, importantes ao clube, mas que propostas financeiras vantajosas podem tirá-los do PSG. No meio de campo, Ander Herrera e Idrissa Gueye não têm sequência garantida em Paris, e o mesmo vale para os atacantes Mauro Icardi e Pablo Sarabia, este último com grande concorrência pelos lados do campo, onde tem preferência para atuar. Quem fecha a lista dos jogadores de linha é o lateral Kurzawa, que defende o PSG desde 2015.
Por fim, o Paris Saint-Germain também está disposto a negociar os goleiros Sergio Rico e Alphonse Areola. Areola, por sinal, foi emprestado recentemente ao West Ham, o terceiro empréstimo consecutivo, e agora o objetivo é tentar negociá-lo em definitivo. Sergio Rico, por sua vez, seria hoje apenas a terceira opção para o gol dos parisienses, atrás do então titular Keylor Navas e do recém-contratado Donnaruma.
As próximas semanas, até o fechamento da janela de transferências, serão movimentadas em Paris. Em um clube muito mais acostumado às supercontratações, as desta temporada parecem estar finalizadas, e agora o caminho é apenas para fora da capital francesa.