Diante do maior público da história da Arena (55.337 torcedores), o Grêmio confirmou o título da Copa do Brasil após empate por 1 a 1 contra o Atlético Mineiro. O Tricolor havia encaminhado a conquista com vitória por 3 a 1 na partida de ida, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Os gaúchos encerraram o jejum de uma década e meia sem títulos nacionais, e ainda se tornaram os maiores campeões da história da Copa do Brasil, com cinco conquistas.
Nervos no lugar era necessário, porém complicado
Era visível: foi difícil para os jogadores colocar a cabeça no lugar e focar na final. Os primeiros momentos mostraram um pouco isso. A homenagem feita para a Chapecoense, com jornalistas e jogadores unidos no meio do campo, tocou todo mundo. Alguns atletas choraram bastante.
Victor pareceu o mais emocionado, e teve certa dificuldade no início para sair jogando. Mas, aos poucos, as cabeças foram se voltando mais para o jogo. Cabeça no lugar contou bastante na decisão.
O Atlético Mineiro começou mais em cima. Com a bola e sem a bola. Marcava alto, e buscava pressionar o rival, arriscando os primeiros arremates.
O Grêmio demorou um pouco para sair dessa pressão. Primeiro, chegava em contragolpes. Luan conseguiu uma falta em lance em velocidade, e Douglas levou perigo na cobrança. Aos poucos, os donos da casa foram chegando em jogadas mais trabalhadas.
Os gaúchos iam tendo mais facilidade na medida que os mineiros erravam mais passes. Éverton teve chance de outro aos 40, na cara do gol, mas Victor evitou o gol.
Galo se desespera, mas não evita festa gaúcha
O Galo buscou voltar mais ofensivo para o segundo tempo, com Maicosuel no time. Com três minutos, ficou reclamando de pênalti. Na sobra, Robinho furou na área.
A pressão inicial, como no primeiro tempo, não surtiu efeito. O Alvinegro ia sucumbindo aos poucos, e o desespero ia fazendo Diogo Giacomini colocar atacantes em campo.
Não adiantava colocar mais homens de frente. O Grêmio não passava sufoco. Soube bem como cozinhar o Galo, administrou a vantagem e abriu o placar, com Miller Bolaños.
A decisão foi dos equatorianos. Cazares, do outro lado, empatou com um golaço de antes do meio de campo. Foi bonito, mas não evitou o pentacampeonato dos gaúchos.
1-1 | ||
Miller Bolaños 89' | Juan Cazares 90' |