Há exatamente 20 anos, no dia 23 de março de 1994, Ronaldo Nazario de Lima, popularmente conhecido como Fenômeno, fazia a sua estreia pela seleção brasileira. Iniciava-se uma trajetória de glórias, muitos gols, tristezas e também polêmicas.
24 anos após a última Copa do Mundo conquistada, o Brasil estava prestes a iniciar uma nova era vitoriosa. Neste ano, surgia Ronaldo, garoto sorridente, nascido no Rio de Janeiro, que aos 17 anos já brilhava com a camisa do Cruzeiro. Precipitado? Carlos Alberto Parreira não hesitou em convocá-lo para a seleção brasileira neste mesmo ano.
A primeira chance
Alí iniciava-se uma trajetória de sucesso. Ronaldo ganhou a confiança de Parreira e foi convocado para a Copa do Mundo. Não chegou a entrar em campo, mas colocou no peito a medalha do Tetra. Com o passar dos anos e o avançar de idade de Bebeto e Romário, não demorou para o atacante se tornar o grande protagonista do Brasil, a maior esperança de gols.
O triste capítulo
Em 1998, a lesão que afastou Romário da Copa aumentou ainda mais a responsabilidade do Fenômeno. O camisa 9, que já carregava o estatuto de melhor jogador do mundo, foi correspondendo. Conduziu o Brasil até a grande final, diante da França. Tudo parecia caminhar bem, mas um episódio até hoje não totalmente esclarecido, estragou tudo. Ronaldo, que nas primeiras informações divulgadas chegou a estar fora do time titular, entrou em campo cabisbaixo, apático e sem forças. Algo não estava bem, e a consequência foi uma pesada derrota por 3 a 0.
Volta por cima gloriosa
Em 2006, a seleção brasileira, no geral, decepcionou. Foi eliminada nas quartas de final pela França. Mas, mesmo assim, Ronaldo fez história. Diante da seleção de Gana, marcou o seu 15º gol em Copas do Mundo e se tornou o maior artilheiro da história do torneio. Alí fechava-se um ciclo. A seleção precisava de uma reformulação e Ronaldo foi um dos que deixaram a amarelinha.
O adeus
"Tenho um orgulho muito grande de ser brasileiro. De ser parte dessa gente toda. Muito obrigado por tudo. Por me aceitarem do jeito que eu sou, por terem chorado quando chorei, e sorrido quando eu sorri. Até breve, mas dessa vez fora dos campos", declarou.
2-0 | ||
Bebeto 6' 75' |