Na conta da defesa? Média de gols sofridos dispara em mata-matas no São Paulo

O torcedor do São Paulo viveu momentos de intensa emoção nesta quarta-feira contra o Lanús, pela Sul-Americana. Da euforia de uma virada com classificação heroica para a eliminação dolorosa com gol nos acréscimos. No meio da monta-russa de experiências, uma constante: a incapacidade da defesa tricolor em passar segurança em mata-matas.

Os números impressionam negativamente. Das cinco partidas disputadas pelo São Paulo em fases eliminatórias, o time só não sofreu três gols em uma delas, na partida de volta contra o Fortaleza pela Copa do Brasil, quando conquistou a classificação nos pênaltis. Foram 14 gols sofridos, 2,8 por partida. Não por acaso o time caiu para o Mirassol no Paulista e agora para o Lanús, na Sul-Americana.

Os mais críticos ao trabalho de Fernando Diniz podem questionar o fato de a defesa não ser um problema apenas em jogos de mata-mata, mas os números mostram que o patamar é outro. Com 39 jogos, o São Paulo tem 50 gols sofridos, média de 1,28 por partida, menos da metade da apresentada em eliminatórias.

A fragilidade da defesa nos jogos recentes por Copas - do Brasil e Sul-Americana - contrasta com o bom momento do setor no Brasileiro. Desde que Diniz resolveu fortalecer a marcação com Luan como volante e Bruno Alves na zaga, o time atuou em quatro partidas no torneio nacional, não tomou gols em três delas e no último venceu o ofensivo Flamengo por 4 a 1, em um dos melhores jogos da temporada. A contagem poderia ter sido diferente e Tiago Volpi teve especial colaboração neste último duelo, ao pegar dois pênaltis, mas a evolução vinha sendo visível na equipe.

Em defesa de Diniz e seu sistema defensivo, o São Paulo na última década sofre com críticas recorrentes por seu desempenho em jogos de mata-mata, com eliminações para rivais considerados mais fracos. Já para o torcedor, fica a consolação de saber que o clube poderá se dedicar ao Brasileiro e a Copa do Brasil, evitando a armadilha da frente tripla.