Valencia marca, Inter supera Bolívar e a altitude e fica mais perto das semifinais

Com um gol de Enner Valencia, aproveitando assistência de Alan Patrick, o Internacional superou o Bolívar, e a altitude de La Paz, venceu por 1 a 0 e abriu vantagem na luta por uma vaga na semifinal da Copa Libertadores da América. 

Em Porto Alegre, o Colorado poderá jogar por um empate para chegar nas semifinais. Na próxima terça, o Beira-Rio vai ferver para apoiar o time em busca dessa vaga. 

Um ataque, um gol

Como era esperado, o Bolívar começou o jogo pressionando. Buscou muitos cruzamentos na área para tentar sufocar o adversário, recuado. A primeira chance de gol saiu na sobra de um desses cruzamentos: Chico ficou com bola na área e bateu forte, mas Rochet defendeu em dois tempos. 

Após passar os primeiros 15 minutos na defesa, o Internacional conseguiu sair para o ataque e foi eficiente. Alan Patrick, a grande referência criativa da equipe, achou grande bola na frente para Enner Valencia. O equatoriano conseguiu levar para a perna direita e bateu forte, no canto, para abrir o placar. 

Os bolivianos não se importaram com o gol e seguiram em cima. Villamil tentou arrancar o empate em forte chute de fora da área. Rochet se jogou no canto para espalmar. Ferreyra, de cabeça, também ameaçou, e a bola passou raspando a trave de Rochet. 

Com uma linha de cinco na defesa, o Colorado conseguiu fechar bem os espaços na entrada da área e limitar as chances do adversário. Praticamente, a equipe da casa só conseguiu ameaçar ou em chutes de fora, ou em cruzamentos. Bejarano, de cabeça, também teve boa chance, mas mandou para fora. Justiniano, aos 43, mandou mais um chute de fora perigoso. 

Bolívar aposta nas mesmas armas

O Bolívar seguiu batendo contra a porta fechada da defesa colorada no segundo tempo. Passou os primeiros tempos rodando a bola no campo de ataque, sem conseguir infiltrar ou mesmo achar espaço para arrematar de longe. Foram praticamente 15 minutos sem sustos. 

Só aos 16 minutos, Villamil achou, enfim, espaço para um arremate de longe. O meia cortou para o meio e mandou uma pancada, colocando Rochet para trabalhar de novo. A pressão aumentou a partir desse lance, e aos 19, Patito fez boa jogada na ponta para mandar na área. Ronnie desviou e a bola acabou pegando no poste. Logo na sequência, após mais um cruzamento, Chico completou bola na área e ela pegou na trave novamente. 

Vendo o rival crescer, Coudet povoou o meio-campo com Gabriel e De Peña. O Colorado defendia em um 5-1-3-1. Valencia era o único homem que não recuava até o campo de defesa. O Bolívar seguiu rondando a área, mas a pressão foi arrefecendo aos poucos. 

Só nos minutos finais, mais por imposição do que por superioridade técnica, a equipe da casa voltou a chegar na área com mais frequência. A fórmula foi sempre a mesma: cruzamentos na área. Foram mais de 50 ao longo da partida. A força aérea colorada teve bons mecanismos de defesa, e segurou o 1 a 0.